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Custos de Corretagem: Como Economizar Seus Lucros

Custos de Corretagem: Como Economizar Seus Lucros

21/12/2025 - 18:31
Matheus Moraes
Custos de Corretagem: Como Economizar Seus Lucros

Em um cenário onde cada centavo conta, entender e reduzir as taxas de corretagem pode ser a chave para maximizar os ganhos e garantir que seu esforço financeiro gere o retorno esperado.

O que é a Taxa de Corretagem

A taxa de corretagem é uma taxa cobrada pelas corretoras de valores para intermediar operações de compra e venda de ativos, como ações, fundos e títulos de renda fixa. Trata-se do principal custo direto de quem opera no mercado financeiro brasileiro.

Ela pode ser aplicada de forma fixa ou variável, dependendo da política da instituição, e influencia diretamente no resultado líquido das operações. Em muitos casos, algumas corretoras já oferecem corretagem zero para atrair novos clientes e se destacar em um mercado competitivo.

Modelos de Cobrança

Existem diferentes formas de cobrança de corretagem, cada uma com vantagens e desvantagens conforme o perfil do investidor e o volume negociado. Compreender esses modelos é essencial para comparar o custo total antes de escolher onde operar.

  • Fixa: valor pré-determinado por operação, independentemente do volume financeiro. Exemplo prático
  • Variável: percentual sobre o montante negociado, geralmente com um valor mínimo definido. Exemplo
  • Misto: combinação dos modelos anteriores, podendo variar conforme o canal de execução (plataforma digital ou mesa de operações).

Algumas corretoras já divulgam planos claros, como Avenue (US$ 2,50 por ordem até US$ 1.000, depois US$ 5,00) e Rico (taxa operacional de 5,9% sobre corretagem e emolumentos). Já a Genial Investimentos e a Clear oferecem corretagem zero para diversos produtos.

Outras Taxas Operacionais Relevantes

Além da corretagem, existem custos acessórias que devem ser considerados no cálculo do retorno final dos investimentos. Ignorar essas taxas pode levar a surpresas desagradáveis ao fechar o balanço anual.

  • Taxa de custódia: cobrada para manter ativos registrados na corretora, embora hoje seja rara em muitos perfis de conta.
  • Taxa de liquidação: representada pela CBLC em todas as operações, com valor variável conforme o ativo.
  • Emolumentos: tarifas da B3, típicas 0,027% em operações tradicionais e 0,019% no day trade.
  • Taxa de administração: presente em fundos de investimento, estipulada em regulamento específico.
  • Taxa de performance: adicional cobrado quando o gestor supera o índice de referência dentro de um período determinado.

Tributação sobre Taxas

As tarifas de corretagem também sofrem tributação. É necessário considerar o impacto do ISS, PIS e COFINS ao calcular o custo final.

O ISS (Imposto Sobre Serviços) varia de 2% a 5% conforme o município. Já o PIS e COFINS incidem em torno de 9,65% sobre o valor bruto da corretagem quando essa é cobrada pela corretora.

Impacto dos Custos no Retorno do Investidor

Mesmo pequenas taxas podem comprometer significativamente a rentabilidade ao longo do tempo, especialmente quando somadas a outras despesas e impostos. Um portfólio que rende 6% ao ano pode ter seu retorno reduzido a 4,5% se as taxas somarem 1,5%.

Para investidores de diferentes perfis, sobretudo os de menor capital, esses custos podem representar de 5% a 10% do valor total aplicado em operações pontuais, tornando crucial a prática de uma gestão de custos eficiente.

Corretagem Zero: Evolução e Cuidados

Nos últimos anos, a oferta de corretagem zero se expandiu rapidamente. Entre as principais instituições em 2025 estão Ágora, Banco do Brasil, C6 Bank, Clear, CM Capital, Modal, NuInvest, XP, BTG Pactual e Genial.

As vantagens são claras: redução do custo direto da operação e menor incidência de ISS e outros tributos sobre a corretagem. No entanto, é preciso atenção à possibilidade de repasse de custos em serviços adicionais, spreads mais altos ou taxas de custódia.

Por isso, sempre foque em comparar o pacote completo de tarifas, não apenas a corretagem anunciada como gratuita.

Estratégias para Economizar com Corretagem

  • Escolher corretoras com corretagem zero em produtos de maior frequência de operação.
  • Avaliar o modelo de cobrança conforme o número de ordens e volume financeiro mensal.
  • Evitar operações desnecessárias, pois cada ordem gera um custo.
  • Negociar planos diferenciados com a corretora em caso de grande volume de operações.
  • Acompanhar comparativos e rankings de corretoras e tarifas.
  • Verificar taxas escondidas e custos indiretos em demais serviços.

Principais Custos por Tipo de Investimento

Conhecer os custos específicos de cada classe de ativo ajuda a formular uma estratégia de alocação de recursos mais eficiente.

*Custódia no Tesouro Direto até R$ 10 mil é isenta para títulos Selic.

Dicas Práticas para o Investidor

Antes de decidir pela corretora ou produto, simule sempre o custo final, considerando todas as taxas e impostos. Avalie sua frequência de operações e volume financeiro para definir o modelo de cobrança mais adequado.

Prefira instituições que ofereçam transparência, com listas claras de tarifas e sem pegadinhas em taxas escondidas. Aproveite campanhas promocionais de corretagem zero, mas valide se não há compensações em outros itens.

Conclusão

Controlar os custos de corretagem e demais tarifas é fundamental para preservar os lucros e otimizar sua jornada como investidor. Com conhecimento e planejamento, é possível reduzir despesas, aumentar o retorno líquido e alcançar seus objetivos financeiros com mais segurança.

Matheus Moraes

Sobre o Autor: Matheus Moraes

Matheus Moraes