Assinar um contrato de financiamento sem planejamento pode gerar dívidas inesperadas e comprometer seu futuro financeiro.
Em 2025, o setor habitacional brasileiro passou por reformas importantes, abrindo espaço para novas oportunidades e exigindo mais preparo de quem busca a casa própria.
O novo modelo do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) elevou o Valor máximo do imóvel financiado para R$ 2,25 milhões, ampliando o acesso a imóveis de alto padrão.
Além disso, a iniciativa liberou cerca de R$ 111 bilhões em crédito, gerando um forte estímulo ao setor da construção e estimulando a economia local nos principais centros urbanos.
As principais mudanças incluem:
Comparado a 2024, o novo limite de crédito reduz a necessidade de grandes entradas e facilita negociações para quem já possui histórico de poupança ou saldo em conta.
Além da parcela mensal, o comprador deve considerar diversas despesas que aumentam o valor final do imóvel. Entre elas, destacam-se:
• Taxa de avaliação do imóvel – varia entre R$ 2.000 e R$ 3.100, cobrada no início ou incorporada ao saldo devedor.
• Taxa administrativa mensal – em torno de R$ 25, cobrada ao longo de todo o prazo.
• ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) – 2% a 3% do valor, dependendo do município.
• Registro cartorial – de 0,3% a 1,3% sobre o valor do bem, mais custos de escritura.
Para entender o impacto real dessas despesas, calcule sempre o custo efetivo total (CET), que reúne juros e encargos.
Somando todas as taxas, as despesas extras podem ficar entre 4% e 10% do valor do imóvel, alcançando 15% em situações mais complexas.
Seguir cada etapa de forma organizada ajuda a evitar atrasos e aumenta as chances de aprovação rápida.
Em geral, esse processo pode levar de 30 a 60 dias, dependendo da instituição e do cumprimento de todas as exigências.
Algumas atitudes simples fazem grande diferença no custo final do financiamento:
Essas práticas minimizam surpresas e tornam a jornada até a casa própria mais tranquila e segura.
O FGTS é uma das principais fontes de recursos para quem financia imóvel pelo SFH. Ele pode ser utilizado como entrada, para amortizar ou quitar parte da dívida.
Para isso, o comprador deve ter conta vinculada por no mínimo três anos, não possuir outro imóvel no município de compra e atender às regras específicas do banco.
Ao usar o FGTS, é possível reduzir o saldo devedor e encurtar o prazo de pagamento, além de diminuir o valor das parcelas mensais.
Manter o comprometimento de renda de 30% ajuda a equilibrar o orçamento, mas imprevistos podem ocorrer, como demissão ou mudanças familiares.
Em caso de atraso superior a 90 dias, o imóvel pode ser levado a leilão, gerando custos adicionais e possíveis perdas de valor.
Por isso, mantenha uma reserva de emergência correspondente a seis meses de parcelas e negocie alternativas de refinanciamento ou carência em situações de crise.
Com a Selic ainda acima dos juros imobiliários, o crédito pode ser mais vantajoso que outras modalidades de empréstimo. A possibilidade de destinar 100% dos depósitos de poupança ao financiamento deve aumentar a concorrência entre bancos, reduzindo taxas.
Para imóveis acima de R$ 2,25 milhões ou comerciais, existem linhas fora do SFH com até 90% de financiamento, porém com juros superiores a 12% ao ano. Avalie essas opções se precisar de mais flexibilidade.
Entender cada etapa e prever todas as despesas antes de assinar garante uma experiência mais segura e planejada rumo à casa própria.
Referências